Giardia em cães: o que é, sintomas e prevenção

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A Giardia duodenalis é um parasita muito comum no mundo e uma causa frequente de infeção nos nossos animais de estimação. Os cães e os gatos podem ser infetados por este parasita, mas ele também afeta os seres humanos.

Continue a ler para saber tudo sobre a giardia nos cães!

Embora seja difícil de diagnosticar devido ao elevado número de falsos positivos, a giardia canina é contraída através da ingestão de água contaminada. Esta água, não desinfetada, contém cistos do protozoário que causa a giardíase durante várias semanas. Mas não é apenas através da ingestão direta de água que surge.

Os animais de estimação também podem ser infetados ao comerem alimentos ou ao entrarem em contacto com superfícies contaminadas.  Deve prestar especial atenção, pois a giardia é zoonótica, ou seja, pode ser transmitida dos animais para os seres humanos e vice-versa. As pessoas mais suscetíveis de serem infetadas na espécie humana são as crianças, os idosos e os profissionais que trabalham com estes grupos vulneráveis.

O que é a giardia ou giardíase canina?

A giardia lamblia, intestinalis ou duodenalis é um protozoário flagelado que vive no intestino delgado de certos mamíferos, incluindo o ser humano. A patologia que provoca este protozoário é a giardíase ou lamblíase.

Este parasita vive no duodeno do intestino delgado como trofozoíto (forma vegetativa ativada, que se alimenta por fagocitose). Dentro do intestino, a giardia vive agarrada às vilosidades do intestino e alimenta-se e reproduz-se até o conteúdo intestinal começar a desidratar; é nesta altura que o trofozoíto fica encistado. Perde o seu flagelo ou cauda, torna-se oval e fica rodeado por uma parede cística. Os organismos vivos que contraem a giardia começam, a partir deste momento, a expelir fezes com quistos que são contagiosos.

Os locais mais frequentes onde a giardia se instala são os mais densamente povoados. No caso dos animais de companhia, é muito comum que este parasita esteja presente em animais que vivem em abrigos, canis e lojas de animais.

Não deve ficar demasiado alarmado com este protozoário se o seu cão for um animal saudável e forte. É provável que, caso desenvolva a doença, esta passe sem complicações ou grande incómodo.

No entanto, no caso de cachorros e de animais vulneráveis (cães idosos, doentes ou animais que vivem em condições precárias), as manifestações clínicas da giardíase devem ser tratadas sem demora por um veterinário.

Conheça os sintomas da giardia canina

Nem todos os cães desenvolvem um quadro clínico de giardíase. A melhor forma de diagnosticar a doença é através da análise das fezes. A colheita de amostras para análise tem de ser efetuada durante vários dias, uma vez que nem todas as fezes apresentam vestígios de giardia. Os sintomas palpáveis da giardíase canina incluem:

  • Diarreia, com um grande volume de fezes e muco. As fezes exalam um odor muito desagradável e a sua cor é clara.
  • A diarreia pode ser aguda ou crónica e pode por vezes ser hemorrágica.
  • Flatulência excessiva.
  • Vómito.
  • Sons intestinais.
  • Dor abdominal
  • Inchaço
  • Falta de apetite. O animal pode recusar-se a comer
  • Perda de peso, mesmo quando o cão está a comer
  • Desidratação

Se os sintomas não forem tratados a tempo, é provável que as sequelas da giardíase canina se prolonguem para o resto da vida do seu animal. Por exemplo, o cão pode sofrer de diarreia crónica ou de doença inflamatória intestinal, e pode até ser muito difícil recuperar o peso.

Se notar algum destes sintomas no seu cão, recomendamos que consulte o seu veterinário imediatamente, esta informação é apenas para fins informativos. Uma vez diagnosticada a doença, será o seu veterinário a avaliar o tratamento a administrar em função da idade, raça, tamanho e historial médico do seu cão.

Prevenção da giardia canina

Como recomendação final, e para prevenir esta ou outras doenças, certifique-se de que oferece ao seu cão água fresca e limpa e um ambiente limpo e higienizado. A tigela de água do seu cão deve estar em boas condições e, se a tiver no exterior, mude-a diariamente ou invista numa tigela de água com um filtro automático.

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