Doença adrenal nos furões

Os tumores das glândulas adrenais são bastante frequentes nos furões de mais de três anos de idade, mas também foi observado em pacientes mais jovens. Provocam desequilíbrios hormonais que afetam o organismo de várias formas:

  • Perda de pelo de forma gradual, primeiro no tronco de maneira simétrica e depois avança até deixar apenas a cabeça e os pés com alguma pelagem.
  • Observa-se uma perda de massa muscular e, ao perder o tônus muscular do abdome, a barriga se vê flácida e pendurada.
  • A pele torna-se fina, quase transparente.
  • Comichão.
  • Consumo excessivo de água.
  • Comportamento agressivo ou como no período de cio. Podem ver-se tentativas de monta com objetos inanimados, como as mantas ou brinquedos.

Nas fêmeas aumenta a vulva; nos machos é habitual que a próstata fique maior, gerando dificuldade para urinar e até uma obstrução urinária. Em alguns pacientes pode observar-se uma diminuição espontânea dos sintomas, com recuperação da pelagem. No geral, isto vê-se em fases iniciais e acontece porque as mudanças hormonais estacionais “balançam” o desequilíbrio que provoca a doença adrenal. Esta melhoria é só temporal e geralmente não se repete, já que para a próxima mudança estacional a doença está já mais avançada e os desequilíbrios hormonais não chegam a ser compensados.

Como é diagnosticado?

A doença adrenal é diagnosticada pelos sinais clínicos e requer um veterinário experimentado em furões. Não existem testes específicos que possam ser feitos na clínica para detectá-la, embora haja análises muito complexas (nos Estados Unidos são realizadas pela Universidade de Tennessee) que podem confirmar a doença. As ecografias e radiografias podem proporcionar dados, mas muitas vezes aparecem normais, dado que as glândulas adrenais podem não variar o tamanho e a forma, apesar de estarem afetadas.

A perda de pelo costuma confundir-se com alguma afecção dermatológica, como a alergia ou com as mudanças estacionais na pelagem dos furões. Nestes casos perde-se tempo a realizar tratamentos que não são efetivos, enquanto a doença está a avançar.

O tratamento mais efetivo é a cirurgia, na que a glândula afetada é extraída. A glândula direita encontra-se ligada à veia cava, pelo que a sua extração deve ser efetuada por um veterinário experimentado para evitar acidentes.

Existe um tratamento médico que é reservado apenas aos pacientes que têm um risco cirúrgico muito alto ou para donos que não querem realizar a cirurgia. Deve continuar-se durante toda a vida do paciente e depois de vários anos o custo supera amplamente o da operação.

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